Warning: The magic method Vc_Manager::__wakeup() must have public visibility in /home/guaracon/meiasbidu.com.br/wp-content/plugins/liquid_js_composer/include/classes/core/class-vc-manager.php on line 203
História do par de meias – Bidu
Skip links

História do par de meias

A gente nem pensa sobre ela, mas essa peça tem muita história para contar.

Antes da II Guerra Mundial, os frequentadores masculinos dos cinemas ficavam em “suspense” quando na tela Marlene Dietrich, “O Anjo Azul”, cantando, estendia langorosamente suas pernas revestidas com meias de seda presas a rendadas cintas. Nos anos 20, as pernas femininas passaram a ser a zona erógena do corpo em evidência. Conforme a época, a moda valoriza uma determinada região da plástica feminina. No tempo de Josefina e Napoleão, por exemplo, a “zona erógena” era o busto, valorizado pelos vestidos com profundos decotes e fitas contornando os seios, o famoso estilo “Império”.

Com a valorização das pernas, as meias, peças do vestuário que deveria revestí-las modelando, embelezando e escondendo eventuais falhas começaram a ser aperfeiçoadas. No início do século, as meias eram grossas e tinham cores escuras; por isto, quando as meias confeccionadas com fios de naylon, práticamente invisíveis, surgiram, houve uma “verdadeira revolução” não apenas no guarda-roupa das mulheres mas também no seu próprio comportamento social. Agora, mesmo com as saias muito abaixo dos joelhos elas, ao sentar, sempre dão jeitinho” para que as saias subam, permitindo mostrar o máximo possível e permitido de pernas. Esta preocupação da mulher européia dos anos 20 nem seria cogitada pela mulher do início dos anos 70, extremamente desenvolta com a mini-saia. Nesta fase, as meias – principalmente as meias calças – predominaram na moda feminina. Confeccionadas com fibras sintéticas, sua textura é leve e macia, o colorido é vibrante e elas modelam ao mesmo tempo que protejem.
Mas nem sempre as meias estiveram em tal evidência embora elas sejam a peça do vestuário mais antiga que se conheça: já eram usadas pelos coptas, como provam os achados em túmulos.

Eram meias tricotadas e usadas por homens; só muito tempo depois é que as meias seriam utilizadas também pelas mulheres. As meias e meias-calças dos lanquenetes do século XVI eram especialmente vistosas e muitas vezes, numa mesma pessoa, cada perna apresentava padrão e cores diferentes. Os cavaleiros do rococó, antes da Revolução Francesa, também se preocupavam em exibir meias enfeitadas. Diz Heirich Satter no seu trabalho “A Malha Elegante”.
“Ainda não estão bem esclarecidos os motivos pelos quais as mulheres deviam usar saias compridas – pelo menos as mulheres que desempenhavam um papel na sociedade e das quais, por isso, temos notícia. Na Idade Média usavam-se meias feitas de pedaços de tecido e que não podem ter sido bonitas. Os espanhóis do século XVI já produziam meias de bela apresentação que evidentemente só as mulheres mais ricas podiam comprar e que quase ninguém podia ver, fora as amigas e os membros mais próximos da família. Quando a representação de uma cidade desejou fazer chegar às mãos da rainha Ana da Espanha um par de meias como presente de casamento, o mestre de cerimônia do Palácio o confiscou dizendo: “As rainhas de Espanha não têm pernas”.